A Mentira

Já alguma vez se perguntou qual é a necessidade que temos de mentir? Podemos fazê-lo por inúmeras razões mas paremos para pensar, porque optamos por mentir em determinadas situações podendo nós dizer a verdade e nada temer de futuro, embora essa verdade possa estar contra nós num dado momento? Terão razão de ser frases como "a mentira tem perna curta" ou "Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo"? No caso da segunda trata-se a meu ver de uma hipálage, mas não deixam de fazer o seu sentido senão vejamos, uma mentira implica memória, invenção e mesmo dissimulação e uma mentira para que sobreviva normalmente implica a criação de umas quantas outras. As pessoas perdoam mais facilmente se dissermos nada mais que a verdade ao admitirmos um acto pelo qual tenhamos optado, ainda que revele algo de negativo na nossa pessoa, do que uma mentira que se acabe por descobrir ou que acabemos por admitir. No entanto nem sempre mentimos pelas piores razões, já pensaram nisso? É complicado dizer se a mentira pode ser algo positivo, se é algo a que temos de recorrer e se é algo que em determinada circunstância nao devamos condenar. Pode dar-se o caso em que determinada pessoa mente a outra pessoa para nao prejudicar essa mesma pessoa, e neste caso pergunta-se devemos condenar tal acto? Outra questão se levanta. Se determinada mentira puser determinada pessoa numa situação desfavoravel apenas no momento em que a mentira se dá, mas mentira essa que tem o proposito de favorecer toda uma vida a essa mesma pessoa, podemos dizer que o meio justificou o fim? Teremos o direito de prejudicar ou causar o mal estar a alguém ainda que seja benéfico para essa pessoa para o resto da vida? Devemos perdoar a mentira nestes casos? Pessoalmente nao vou opinar embora tenha a minha ideia, mas deixo esta duvida muito interessante no ar para cada um de nós pensar por si e chegar a uma conclusão.