Polígrafos

Como sabem se estamos a mentir?...
Um polígrafo mede várias características físicas de uma pessoa submetida a perguntas às quais é suposto responder dizendo a verdade ou mentindo. As mentiras são alegadamente detectáveis através de alterações em sinais físicos específicos.
O polígrafo não detecta se alguém mente, mas sim, se essa pessoa exibe um comportamento indiciador.
As três principais áreas fisiológicas que o polígrafo monitoriza são:
- o ritmo respiratório - medido por 2 pneumógrafos (tubos de borracha cheios de ar) fixados ao peito e abdómen do inquirido;
- a pressão sanguínea/frequência cardíaca - medida através da tradicional braçadeira no braço;
- e a resistência galvânica da pele (nível de suor), medida pela colocação de sensores (galvanómetros) nos dedos do interrogado.
Tradicionalmente, a informação obtida por estes instrumentos era traduzida e exibida num sistema analógico - uma folha de papel em movimento contínuo e um conjunto de braços mecânicos com canetas nas pontas, fixados a uma série de foles que eram presos aos instrumentos para desenharem os sinais recebidos.
Se os músculos do peito do interrogado se expandissem devido à respiração acelerada ou pesada, os foles enchiam-se e esvaziavam-se em sincronismo, controlando o movimento dos braços mecânicos e respectivas canetas, reflectindo-se em desenho na folha de papel.
Nos últimos 20 anos, contudo, os polígrafos digitais transformaram-se na máquina de detecção de mentiras de eleição, recorrendo a tecnologia moderna controlada por software específico e inteligente, capaz de descodificar e interpretar os resultados captados pelos instrumentos.